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SPORTING VINTAGE: 2006.06

SPORTING VINTAGE

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21.6.06

Mascarenhas

Domingos António da Silva foi e será sempre conhecido como Mascarenhas, uma das pérolas africanas que despontou ao mais alto nível em Alvalade.
Mascarenhas sai de Angola rumo ao Barreirense rotulado como goleador, confirmando esse mesmo estatuto logo no ano de 1961 quando foi rei dos marcadores de todos os campeonatos europeus em 1961, batendo o carismático Puskas do Real Madrid. No primeiro jogo com a camisola do Sporting, num torneio de Verão, marcou logo o golo da vitória frente ao Racing de Estrasburgo. Sempre muito temperamental, era capaz do melhor e do pior, alternado grandes exibições com jogos onde era a sombra de si próprio.

Porém, na época de 1964, viria a expressar todo o seu potencial. Fez seis golos na vitória europeia mais dilatada, que ainda hoje é recorde das competições da UEFA, frente aos cipriotas do Apoel por 16-1, na caminhada imparável dos “leões” na Taça das Taças. Mascarenhas ainda é detentor do maior número de golos (6) num só jogo em competições europeias de clubes. Antes, na eliminatória com o Atalanta, teve uma acção extremamente valiosa marcando dois golos no jogo de desempate (3-1) e no primeiro jogo da final, com o MTK, no Heysel, marcou um golo no empate a três bolas, decisivo para que tivesse lugar a finalissima em Antuérpia. Durante os três anos que esteve no Clube, Mascarenhas fez 107 jogos, marcando 80 golos. É hoje colaborador do Sporting Clube de Portugal.




19.6.06

André Cruz

André Cruz campeão em Itália pelo A.C. Milan, ingressa no Sporting para se assumir como um esteio da defesa leonina.
Incrementa um espirito vencedor naqueles que o rodeiam, transmitindo igualmente segurança, a mesma que tinha quando marcava os livres à entrada da área adversária. A serenidade na forma como transportava a bola era também uma das suas imagens de marca. Quando o Sporting atravessava dezoito anos sem nenhum título, André Cruz acaba por participar em dois títulos de campeão nacional, em equipas em que imperava um espirito, de equipa, abnegado e, definitivamente, conquistador.





16.6.06

Albano

Albano: O Diabólico, conquistou oito campeonatos de Portugal ( um tri e um tetracameponato) e quatro Taças de Portugal, efectuou 443 jogos, marcou 252 golos. Estreou-se na equipa principal do Sporting Clube de Portugal em Setembro de 1943, mas só passados 4 anos se uniu aos quatro companheiros – Jesus Correia, Vasques, Peyroteo e Travassos – que iria marcara uma época sem paralelo no futebol mundial: a era dos cinco violinos. Possuía uma velocidade fora do normal, uma alegria contangiante e uma capacidade de improvisação notável. Albano foi o “baixinho” que fez história e massacrou literalmente a paciência dos seus grandes rivais da época, como os possantes defesas do Belenenses, imortalizados como as “Torres de Belém”. Jogou até as forças o deixarem. O Sporting presenteou-o com uma festa de homenagem absolutamente inesquecível.




12.6.06

Balakov


Na temporada 90-91 ingressa no Sporting Clube de Portugal um futebolista búlgaro de grande valia. Um tecnicista perfeito e com excelente integração na manobra da equipa, assumindo muitas vezes a liderança. Sem dúvida um dos grandes esteios do Sporting dos anos 90, desequilibrando e sendo muitas vezes decisivo.Uma estrela, sem nenhum tique de vedeta, aliando o seu brilho de jogador à sua grande humildade fora das quatro linhas.
Ganhou somente uma Taça de Portugal na sua última época em 94/95 o que foi francamente injusto para as excelentes exibições que rubricou de leão ao peito, e representando nessas mesmas épocas a selecção do seu país onde alcançou inclusivamente uma classificação histórica no Mundial de 94.Partiu para o Estugarda, onde hoje também é recordado com muita saudade e onde foi igualmente acarinhado.Marcou um dos golos mais rápidos de sempre na História do Futebol em Portugal, contra o Benfica, em Alvalade, ainda nem decorriam 20 segundos de jogo.








9.6.06

Dinis

Dinis ingressa no Sporting, o clube da sua vida, em 14 de Agosto de 1969, vindo de Angola, e com o objectivo seguir as pisadas do seu ídolo, Peyroteo.
O Sporting venceu a “corrida” a Belenenses, F.C. Porto, Vitória de Guimarães e Benfica.A sua estreia oficial foi exactamente contra o Benfica, onde o Sporting venceu por 1-0, com uma grande exibição de Dinis. Depois foi um desfilar de sucessos desportivos e uma soma invulgar de conquistas significativas pelo Clube que lhe deu fama e proveito.
Havia que lhe chamasse “o brinca na areia”, talvez como utilizava o seu pé esquerdo, num drible curto e desconcertante. Nunca se importou com isso, procurando demonstrar permanentemente que a sua areia era a relva dos estádios, jogando fazendo jogar e marcando golos de grande categoria na sua posição de extremo esquerdo. Um ídolo, ainda hoje recordado com saudade.







7.6.06

Joaquim Agostinho


"O Joaquim Agostinho parecia tosco, mas tinha um nível superior. Tinha uma subtileza da qual as pessoas nem sempre se apercebiam. Ele escrevia bem, tinha uma boa caligrafia. Era uma pessoa generosa, que definia bem os seus objectivos. Tinha uma grande intuição e capacidade de ultrapassar os obstáculos da vida. Fomos sempre amigos e essa amizade respondeu sempre bem quando procuram fragilizar-nos.

Como ciclista está dentro dos melhores do Mundo no seu tempo. Ao lado de Eddy Merckx, Hinault, Gimondi, Ocaña, Zoetmelk. Faltou-lhe em França, uma grande equipa como a que teve em Portugal. Um dia em França, viu-o a ganhar uma clássica ao lado de Van Springel. Bem acompanhado por um conjunto de bons atletas, poderia ter sido mais longe no campo internacional."

Leonel Miranda, antigo colega de equipa de Joaquim Agostinho


"Joaquim Agostinho, homem do povo, nunca se deixou enfeitiçar pelos lados escuros e perigosos aonde por vezes, o deporto arrasta os escolhidos."

João Rocha, ex – presidente do Sporting Clube de Portugal

"O Joaquim Agostinho foi sempre extraordinário como homem, ciclista, amigo do seu amigo e sempre muito ligado à sua família e á sua terra de origem. Teve um funeral imponente. Maior que o dele talvez só o de Sá Carneiro. A urna já estava em Torres Vedras e ainda havia gente no Lumiar. "

António Coutinho, Sócio do Sporting Clube de Portugal nº.310, seccionista do ciclismo do S.C.P entre 1963 a 1974

"Os grandes campeões não dão problemas. Os problemas só acontecem com os pseudo-campeões."

Manuel Graça, treinador de Joaquim Agostinho


Joaquim Agostinho continua vivo no coração de todos os que aplaudiram. Não morreu, nem morrerá, pois a sua memória irá perpetuar-se pela eternidade. Orgulho sportinguista, bem como de Portugal e dos portugueses.

Palmarés

Duas vezes terceiro na Volta a França em 1978 e 1979
Treze vezes correu a volta a França entre 1969 e 1983
Vencedor de três voltas a Portugal, 1970/1971/1972
Vencedor da volta a São Paulo em 1968
Cinco vezes campeão de Portugal de fundo entre 1969 e 1973