Luizinho

Quando foi contratado pelo Sporting em 1989, Luisinho trazia um lastro de classe absolutamente inquestionável. Este central brasileiro, que ingressou no Sporting já veterano, tendo o seu ponto alto no Mundial de 82, sendo titular indiscutível, impôs os créditos de libero, função que desempenhava com classe: era inteligente a avaliar cada situação, tinha velocidade, elegante no desarme e eficaz a quando saía a jogar de trás.

Antecipava as acções dos adversários e, por via dessa habilidade extraordinária, chegava sempre em melhores condições para ganhar os despiques individuais. Não ganhando nenhum título entra na história do Sporting Clube de Portugal pelas marcas de qualidade entre 1989 e 1992.

Figo

Luís Figo é conhecido em todo o Mundo, mas por vezes, e com demasiada frequência, parece que Luís Figo foi transferido directamente d’ Os Pastilhas para o Barcelona. Muitos assim o queriam, mas Luís Figo esteve cerca de uma década no Sporting, cruzando-se, nos antigos túneis dos balneários do antigo Estádio José Alvalade, com Manuel Fernandes, Jordão, Damas, Oceano, Mário Jorge, Douglas, Silas, Balakov, Iordanov, Ivkovic, entre muitos outros.

Foi no Sporting que Luís Figo confessou que teve um dos seus maiores momentos da sua vida onde conheceu pessoalmente Diego Maradona. Nomes como os que foram referidos, anteriormente marcaram, inevitavelmente, de forma positiva, o atleta e jovem Figo.
Figo tem a primeira incursão na equipa sénior do Sporting Clube de Portugal, aos dezoito anos, na época 89/90, realizando cinco jogos, e tendo, inclusivamente, Vítor Damas como técnico principal. Vence entretanto o Campeonato da Europa de sub-16.

Depois de uma época de interregno, e após a conquista do Campeonato Mundial de Juniores em 1991, Figo explode sendo o segundo jogador mais utilizado por Marinho Peres. Começava, assim, a ser dos jogadores mais cobiçados na Europa. Na época seguinte Luís Figo continua a sua progressão agora sob o comando de Bobby Robson e Manuel Fernandes, onde forma com Balakov um meio campo temível.

A sua visão de jogo e técnica conquistam as bancadas de Alvalade. Nas duas últimas épocas de leão ao peito é finalista da Taça de Portugal, vencendo esta mesma competição na época seguinte, sendo essa a sua última temporada ao serviço do Sporting Clube de Portugal, e chorando na hora da despedida, no Estádio do Jamor A sua saída esteve envolta de grande polémica tendo o jogador assinado contrato com o Parma e ,posteriormente, com a Juventus o que provocou que Figo ficasse impedido de alinhar no campeonato italiano por um período de 2 anos. Pelo meio uma polémica que envolvia Figo e o clube da Junta de Freguesia de Carnide, episódio que ainda não foi esquecido por alguns sportinguistas.

O Barcelona, atento não se poupou a esforços para garantir o contributo do sportinguista, pela quantia de 400 mil contos, que foi uma quantia escassa para tanto valor do camisa "7" sportinguista. O resto é história..., e que o Mundo conhece.

Inácio

Augusto Inácio estreou-se muito novo na equipa sénior do Sporting, mais concretamente na época 74/75, não obstante de ter efectuado apenas um jogo. Logo na época seguinte o jovem Inácio impõe-se na equipa herdando o lugar de Manaca. Apesar da sua juventude o seu desempenho é francamente positivo revelando uma maturidade surpreendente. Inácio explode em 78/79 sendo dos melhores marcadores da equipa, juntando-se a nomes como Manuel Fernandes, Jordão e Keita. Na época seguinte vence o seu primeiro título nacional ao serviço da equipa sénior. Dois anos mais tarde marca, igualmente, presença na equipa que conquista a “dobradinha”. Parte, posteriormente, para um clube do Norte, não escondendo porém o seu sportinguismo. Começa a sua carreira de técnico integrando uma equipa técnica com Bobby Robson e José Mourinho, no F.C. Porto, onde é posteriormente substituído por Fernando Santos. Inácio regressa 17 anos depois ao Sporting para conquistar novo título, agora como treinador. Formou uma equipa à imagem do seu sportinguismo, com garra, com muita paixão recuperando uma atitude de conquista como quando ainda muito jovem representava o Sporting e quando assistia como o seu pai no antigo Estádio José Alvalade a grandes tardes de glória sportinguista. Foi um dos melhores laterais esquerdos de sempre do futebol português, afirmando-se, actualmente, e cada vez mais como um excelente técnico.
Este post é dedicado ao pai de Augusto Inácio, grande homem e grande sportinguista.

Iordanov

Foi o primeiro capitão de equipa do Sporting Clube de Portugal não português, ainda que Balakov, também búlgaro, tenha desempenhado, esporadicamente, esse papel algum tempo antes. Mas o popular Iorda, com nove temporadas em Alvalade, mereceu distinção, era um exemplo total, a sua dedicação era marca registada em todos os jogos de leão ao peito. De dimensão humana fantástica, o búlgaro conquistou corações com a braçadeira, para além de uma Taça de Portugal e Campeonato Nacional; pelo meio, uma participação fantástica no Mundial de 94 com a selecção búlgara onde desempenhou um papel de destaque. Os últimos tempos em Alvalade, ficaram marcados pelo aparecimento de doença grave (esclerose), deram-lhe a dimensão de símbolo búlgaro. Os últimos anos no Sporting foi junto das camadas jovens sendo o treinador da extinta equipa B do Sporting Clube de Portugal.