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SPORTING VINTAGE: Ricardo Sá Pinto

SPORTING VINTAGE

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9.5.06

Ricardo Sá Pinto


Os primeiros pontapés na bola foram dados na escola Augusto Gil, na rua da Alegria, no Porto, e, já nessa altura se destacava pelo carisma. Meia hora antes do toque para a entrada, às 7.30 da manhã, o jovem Ricardo, louro, cabelo grande e franja, tomava posição no campo da escola para jogar uma "peladinha". E pode mesmo dizer-se que o futebol foi uma boa escola, já que na companhia do amigo Nélson (avançado) transferiu-se para o Salgueiros, onde se estreou no escalão máximo do futebol português. Foi em 1992, frente ao Farense, e jogou 26 minutos, pela mão de Zoran Filipovic. A época não correu muito bem e desceu de divisão, mas antes disso Sousa Cintra, Presidente do Sporting na altura, já o tinha debaixo de olho após a vitória do Salgueiros contra o Benfica, por 1-0, com golo do próprio Sá Pinto. Ingressa então no Sporting (94/95), estreando-se também contra o Farense, e com um golo. A estreia terminou com o erguer da Taça de Portugal no Jamor. Seguiu-se a Supertaça Cândido Oliveira (95/96), conquistada em Paris frente ao F.C. Porto, por 3-0, com um bis de Sá Pinto. Depois de três épocas a jogar de leão ao peito, o apelo do campeonato espanhol foi mais forte e mudou-se para a Real Sociedad até à época (99/00). O regresso ao Sporting aconteceu naturalmente e a tempo de ajudar a equipa a conquistar outra Supertaça (00/01). A coroação aconteceu na época 01/02 ao sagrar-se campeão nacional.

Sá Pinto foi sempre um jogador desalinhado dos cânones politicamente correctos que regem o futebol português.
De caracter forte e vincado, chocava de frente com a hipocrisia e cinismo, ganhando inimigos. Mas não dentro de campo, onde foi sempre admirado pelos seus companheiros e adversários, devido ao seu espirito abnegado. Não vergava. No final do último Rio Ave – Sporting, existia fora do estádio uma fila de trânsito de largos metros, o carro que encabeçava este tráfego não podia avançar devido à presença de largas dezenas de sportinguistas à frente do mesmo, neste carro estava Ricardo Sá Pinto..., que estará sempre presente na memória colectiva sportinguista. Porque não se esquece um filho.